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Bairro de Cracóvia mantém judaísmo firme e forte

Publicado por: Da Redação / Atualizado em: 10/04/2019

Bairro Kazimierz mantém judaísmo firme. Lugar ganhou um novo impulso, está mais vibrante e dinâmico

Andar pelas ruas de Kazimierz, o antigo bairro judaico de Cracóvia, é ao mesmo tempo comemorar a preservação de grande parte do patrimônio histórico-religioso do glorioso passado, celebrar o presente, que continua com a vida judaica ativa, e torcer para que a comunidade israelita cresça.

Como judeu, estas foram as minhas impressões e emoções sentidas ao caminhar por lá em dezembro de 2016. Fazia bastante frio e chegou a nevar por alguns minutos.

Grade do muro do antigo cemitério judaico do bairro
Grade do muro do antigo cemitério judaico do bairro

Havia caminhado pelo mesmo Kazimierz 22 anos atrás, quando integrava a delegação brasileira do programa Marcha da Vida Mundial – onde jovens judeus conhecem lugares alusivos à história do Holocausto perpretado pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Mais de duas décadas depois, constatei que o lugar ganhou um novo impulso, está mais vibrante, dinâmico. Afirmo que tornou-se cool.

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Foto da filmagem de ALista de Schindler (1193), de Steven Spielberg, colocada junto...
Foto da filmagem de A Lista de Schindler (1193), de Steven Spielberg, colocada junto…
....à escada original de uma residência
….à escada original de uma residência

O nome do distrito deriva do nome do rei Casemiro 3°, O Grande (1310-1370), que reinou a partir de 1333 até a sua morte. Foi ele quem mandou construir um bairro exclusivo para os judeus.

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Antes da Segunda Guerra Mundial, a população judaica de Cracóvia somava mais de 64 mil pessoas – cerca de 25% da população local. Com a tragédia do Holocausto, a população judaica da cidade foi reduzida para 2 mil pessoas – menos de 10% do original, segundo o site Jewish Virtual Library.

“Hoje, aproximadamente 1.000 judeus vivem em Cracóvia, mas apenas cerca de 200 se identificam como membros da comunidade judaica”, informa o mesmo site.

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Placa de sinagoga administrada pelo movimento religioso judaico Chabad

Assim como Praga, capital da República Tcheca, os nazistas não destruíram totalmente o patrimônio histórico-judaico local. Portanto, dá para ver e visitar sinagogas, cemitérios e observar prédios antigos.

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Com o renascimento de Kazimierz dá ainda para ir a bares e restaurantes que servem pratos judaicos e também presentes na mesa israelense. Lá que funciona, desde 2008, o Centro Comunitário Judaico de Cracóvia – que atende a comunidade judaica local e visitants de todo o mundo.

Confira mais fotos de Kazimierz:

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Entrada da Sinagoga Remu: original de 1558, reconstruída em 1829 e restaurada após a Segunda Guerra Mundial entre 1958 e 1968
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Monumento em lembrança aos judeus de Cracóvia vítimas do nazismo
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Em verde, a casa onde nasceu a judia-polonesa Helena Rubinstein (1872-1965), fundadora da famosa marca de cosméticos que leva seu nome
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Sinagoga Stara, uma das mais antigas da Polônia (século 15)
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Fachada de imóvel da comunidade judaica
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Cardápio de restaurante judaico que oferece pratos típicos de Israel, como falafel e shakshuka
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Alto relevo mostra rei polonês autorizando os judeus estabelecerem-se no país, na Idade Média
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Painel pintado com obras do pintor judeu nascido no então Império Russo (hoje Belarus), Marc Chagall (1887-1985)
O bairro é cheio de graffitis do estilo stencil art
O bairro é cheio de graffitis do estilo stencil art
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O autor do texto junto à estátua de Jan Karski (1914-2000), heroi da resistência polonesa que denunciou aos Aliados os guetos e os campos de extermínio nazistas na Polônia

SERVIÇO:

Comunidade judaica: www.jcckrakow.org/en/
Cracóvia: www.krakow.pl/english/
Polônia: www.polonia.travel/br (em português)

CLAUDIO SCHAPOCHNIK
Enviado à Cracóvia/Polônia
O TurismoEtc viajou a convite da Organização Polonesa de Turismo e da Tap
Bairro de Cracóvia mantém judaísmo firme e forte

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